quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ela... Simplismente ela...



Ela me apresenta o belo como se cotidiano bota fogo nos meus planos, risca outro em minha mão ela faz uma união tão perfeita entre os opostos mas é disso que eu gosto - mansidão e intensidade tão distante, intocável tão presente, imaginável paganismo e santidade
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Há dias que nascem ao contrário
Como se morressem nos primeiros raios de sol
Há dias que sangram em vez de amanhecer
dias que relutam em despir o luto da madrugada
Pra se vestir de ocre e laranja
dias que desabrocham em quietude e solidão
No desaprender de esperar
Desas sosseguei mil manhãs nascidas

[EU] acordei com o gosto do nada
Enxergando a minha vida em 8mm
preto/branco
Tomo café e percebo que tudo ali
tem gosto de sobra de vencida de velho
Vejo que o papel de parede decorado
é mofo que as portas estão carcomidas
de paredes manchadas pela umidade
de camas geladas que parecem molhadas
e ouve as baratas dentro das gavetas

[EU] sei que amanhã pode ser tarde

[EU] sai pela porta e deixei a covardia
presa no banheiro junto com meus anti-depressivos

[EU] voltei pra casa pela milésima
septuagésima terceira vez e carregava
os olhos repletos de des expectativas
inundados da ausência dos espectros
que aprendeu a desesperar caminho
lenta pelas mesmas ruas encharcadas
de impossibilidades reflete-se nas
vitrines que lhe vêem passar só e busca
nos bolsos o calor das mãos tão distantes

[EU] ando como se soubesse do rumo
que há tanto deveria ter tomado como
se a estrada que me levaria lá sempre
tivesse estado estendida na porta da
sua casa e meus passos são leves e
rápidos mais rápido e não tão leve
um coração descompassado
Há medo e angústia sensação de
nadar a favor e em favor de si

[EU] dobrei a esquina como sempre
e todo dia olho para o chão ocupada
com o piso irregular e mais uma vez
no fundo nego a esperança torta do
que poderia ser desacreditando
do que será por ser demais

[EU] caminho alheia a tudo de si
Esquecida do que é

[EU] sorrio tendo vontade de chorar
Fica pra depois dividir o sorriso
Assim inauguro-se, só mais um dia...

Renascendo à cada manhã
Num espaço desigual
O casulo em construção

Então Respiro Resguardo...
Paro Reparo E vejo Sinto Penso em voar
Mas antes de voar
Sinto a dor do crescer das asas
Depois da dor Esquece como é andar
Não quero renascer a cada manhã ! ]


as borboletas batem suas asas...
fodam-se!!! as borboletas.

BY:fasmeninas

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