domingo, 18 de abril de 2010

Conto De Fadas

e




Nome: Eliza


Idade: 24 anos



Ela era muito magra, parecia uma criança (principalmente pelas roupas largas e os seios pequenos). Cabelos lisos, castanhos escuros e olhos da mesma cor, sempre muito vivos, sempre muitos atentos. Era alta, possuía um corpo reto, praticamente uma tábua, como dizia sua mãe.



Sempre pensava na menina perfeita que gostaria de ter sido, ao invés de ter infernizado a vida de seus pais com suas traquinagens – como quando raspou o cabelo deixando apenas as laterais: queria ser o melhor palhaço de todos os tempos. Ou quando matou o gato de sua mãe, atirando-lhe uma pedra com estilingue, dizendo, depois, que apenas “quis fazer como a música: Atirei o pai no gato-to…” mas como não tinha um pau, usara uma pedra mesmo.



Quando chegou a adolescência, nada de colégio, Eliza não queria aprender nada. Só pensava em beber com os amigos e fumar todas as substâncias possíveis: maconha, haxixe, crack, ópio, etc. A lista era imensa. Mas ela se considerava “pura”, por nunca ter usado seringas para se drogar.



Dona de uma ironia aguda, gostava de confundir as pessoas. Era muito viva, ativa e invejosa.



Eatava vivendo um fascinante segredo: tivera, há 3 anos, uma relação sexual com um garoto que conheceu quando ainda frequentava o colégio. Estavam no quarto do garoto – que se chamava João Paulo, tinha 19 anos e morava com a irmã mais nova – quando viram uma garota se tocando por entre a fresta da porta. Ela se assustou, mas, assim como ele, não interrompeu o que estavam fazendo. Continuou por cima de João (agora com o rosto virado para a parede), olhando para a garota que esfregava a sua mão por entre as pernas, ofegando, quase gemendo. Os três estavam extremamente excitados.



A garota se chamava Cecília, tinha 14 anos, estudava e tocava violão, além de cantar muito bem, o que lhe rendia alguns trocados aos finais de semana. Era virgem e muito fechada. Praticamente não conversava com ninguém, muito menos com o seu irmão.



Nunca tinha visto (nem feito) nada parecido com aquilo, não sabia o que estava sentindo (uma mistura de medo e prazer), era algo mais forte do que o seu corpo, do que o seu pensamento. Era instintivo.



Ainda por cima de João, Eliza pensou que desejava estar em cima (ou embaixo) daquela menina. A queria. Chegou a imaginá-la no lugar de seu parceiro e aquilo a assustou um pouco, o que não impediu a ousadia:



- Vem aqui, garota, vem ficar com a gente…



Cecília arregalou os olhos, parou o que estava fazendo e ficou em silêncio.



- Que PORRA é essa?! Ela é minha irmã!



João jogou o corpo que estava por cima do seu no chão e foi correndo para o banheiro cheirar mais uma “carreirinha” de pó.



Cecília ainda estava parada à porta, mas logo foi se aproximando do corpo caído no chão, afastando cuidadosamente as roupas e o lençol que o cobriam.



- Vem aqui, me beija – disse.



As duas se embrenharam na cama e Eliza penetrou seu dedo com tanta força na menina, que lágrimas saltaram-lhe dos olhos. Mas não quiseram parar, mesmo não sabendo o que estavam fazendo, e assim ficaram até o gozo vir e molhar a cama, misturado com o sangue
 
Eliza não se encontrou mais com João, muito menos com a sua irmã: depois daquela noite não se sentia nem um pouco a vontade para aparecer na casa deles, embora a sua necessidade de se encontrar com Cecília se tornasse cada vez maior e quase incontrolável.


Passava os dias sozinha, em seu quarto alugado (estava desempregada e seus pais bancavam a sua moradia, sua comida e, sem saberem, os seus vícios), olhando para o teto, se lembrando do sexo inusitado com a garota virgem, se drogando, vendo TV sem conseguir prestar um pingo de atenção, escrevendo cartas sem remetente. Praticamente não saiu. Sua vida se passava dentro daquele quarto escuro, embora sua mente estivesse longe dali.



- Preciso sair daqui.



Tomou um banho e viu que precisava fazer isso há muitos dias: mal conseguia cortar os pêlos dos braços, das pernas. Se sentiu mal. Olhou-se no espelho e não gostou do que viu: uma garota mal cuidada, sem comer direito, sem amor… Precisava tomar um rumo logo. Decidiu ir ao supermercado.



Andando pelos corredores, não sabia nem por onde começar. Tanto que não percebeu quando dirigiu-se ao setor de bebidas (era uma viciada). Decidiu, então, escolher um vinho.



- Eliza?!



Ergueu-se num susto, deparou-se com uma linda mulher e viu Lúcia, uma antiga vizinha, à sua frente agora, depois de tantos anos.



- Lúcia! Há quanto tempo! Você está linda!

- Você não mudou nada, hein?

- É, aconteceram algumas coisas… é… um tanto… estranhas comigo e andei sumida por uns tempos, mas acredito que continuo a mesma.



Sorriram.

Eliza recebeu aquele sorriso perfeito e branco de uma maneira que não esperava. Lembrou-se de tardes quentes passadas ao lado da velha amiga, as duas concentradas, montando um quebra-cabeças ou bolando algum plano contra os garotos do bairro. Lembrou-se do quanto eram próximas e confidentes e sentiu que queria reviver todos estes momentos agora.

Não pôde deixar de reparar no corpo da amiga. Belos seios aparecendo por entre o decote da camisa branca, pernas longas e muito delicadas mostravam-se pelo o que a saia deixava escapar, pés tão lindos quanto todo o resto do corpo. Cabelos longos, lisos e muito negros que não deixavam as orelhas se esconderem. Tinha verdadeira paixão por orelhas femininas e ficou um breve momento imaginando beijá-las, lambê-las, mordê-las… Por trás dos óculos de armação preta, Eliza se ateve ao belo par de olhos também negros e ofuscantes. Estava hipnotizada por aquela mulher.



- Você aceitaria ir à uma festa comigo esta noite? – perguntou Lúcia.

- Festa? Olha, há muito tempo não saio de casa, acho que não saberia me portar num lugar assim… com tantas pessoas…

- Ah, Li! Para com isso, você estará comigo e não precisará conversar com essas pessoas se não quiser. Então, o que me diz? Por favor! Por mim…

Era impossível negar um pedido daquela mulher tão estonteante a sua frente.

- Tudo bem, tudo bem… aonde será e que horas?

- Eu vou te buscar, é só me dizer onde mora. Às 10, está bem?

- Combinado, te espero. Vou anotar o endereço num papel aqui, só um minuto.



Entregou o cartão à Lúcia, beijou-lhe delicadamente o canto da boca e foi para outro corredor, dessa vez para escolher material de limpeza (era a primeira vez que tinha que comprar tais coisas e se assustou com os preços).



Lúcia ia guardar o bilhete no bolso, mas parou para ler o que estava escrito no cantinho:

"Você é muito gostosa!"

21h30min




Lúcia hesitou em buscar Eliza - havia ficado realmente assustada com o conteúdo do bilhete, já que não esperava isso da amiga. E, ao mesmo tempo, sentiu-se inquieta, eufórica.



O que será que ela quer comigo?



Ligou o carro e foi buscar a velha amiga, que já lhe esperava na calçada da esquina de sua casa.



- Boa noite. – disse Lúcia, num ar seco e inseguro.

- Boa noite, tudo bem com você?

E cumprimentaram-se com um beijo no rosto.

- Tudo certo, vamos?

- Vamos.



No caminho, um silêncio quase absoluto no carro. O constrangimento tomava conta da situação, mas Lúcia decidiu quebrar o gelo:

- Gostou do meu vestido?

- Ah, claro, você fica linda de qualquer jeito.

- Obrigada, você também. Está com uma cara boa, mais animada do que no supermercado.

- É, acho que agora estou conseguindo me reerguer… Obrigada por ter me convidado para sair, eu precisava. De verdade.



Chegaram à festa. Era um lugar estranho, uma rua deserta e o evento aconteceria no porão de uma casa antiga.

Lúcia entrou, passando por todas as pessoas vestidas de vermelho e Eliza a acompanhou, pegando na sua cintura, já que tinha medo de se perder no meio da multidão.

Entraram numa sala escura, com apenas algumas luzes e almofadas, além de muitas mesas, um bar, uma pequena pista de dança no meio e uma banda num palco improvisado no canto do salão. Havia muita fumaça e algumas pessoas, já bêbadas, dançavam ao som de um samba rock daqueles bem antigos.

Pegaram uma mesa no canto oposto ao da banda, que não parecia muito animada e experiente.



- Me diga, Lúcia, por que viemos aqui? Olha, estou me sentindo um peixe fora d’água, não sabia que precisava vir de vermelho. Sou a única de roupa preta neste lugar!

- Não se preocupe, minha amiga. O povo daqui é tão louco que nem vai perceber a cor de sua roupa. Está calor, né?

- Já volto, vou ao banheiro.



Eliza saiu de lá pois sentiu que precisava pensar sobre tudo sozinha. Entrou no banheiro, se olhou num espelho sujo e começou a conversar com o seu reflexo distorcido:

Não sei por que estou aqui com ela, devo ser mesmo muito idiota... Mas ela é tão linda! Não sei o que está acontecendo comigo. Maldita! Sinto tesão só de olhar para ela… e agora?



- Vá até lá, sua boba! Converse com ela, pare de ser covarde!

- Quem é você?!

- Oi, meu nome é Cristina, mas pode me chamar de Cris. Não pude deixar de ouvir o que estava falando, desculpa, mas também não posso deixar de dizer que te achei linda e que se ela não quiser nada contigo, procure por mim perto do bar, ok?

Eliza saiu rapidamente do banheiro, tinha tanta coisa em sua cabeça… Foi conversar com a amiga.

- Acredita que eu estava no banheiro e uma tal de “Cris” veio falar comigo? Um papo estranho… Que cara é essa, aconteceu alguma coisa?

- Roubaram o meu celular.



- Como assim, quem foi?! Pegaram da mesa? Você viu?

- Não, fui pegar outra bebida e quando voltei apenas o celular havia sumido. Engraçado que o dinheiro, a bolsa, tudo estava intacto. Que merda, paguei caro nele.

- Vou procurar para você.

- Não precisa…

- Espera, vou ligar.

Tocou uma, duas, três, na quarta vez uma voz feminina atendeu mas demorou a dizer algo além do:

- Alô?

- Quem tá falando?

(silêncio)

- Me responda!

- … Olha, eu juro que não foi por mal…

- Espera aí, sua voz não me é estranha…

- Me encontre no bar que eu devolvo o que peguei, mas prometa que não vai fazer nada.

- Tá.

- Prometa!

- Prometo.

Eliza foi andando devagar para o bar pois tinha medo do que estava por vir. Era corajosa até certo ponto. Olhou para trás e viu Lúcia levantando da mesa e caminhando na sua direção. Disse, baixinho:




- Deixa comigo, eu resolvo isso, volte para a mesa, pode ser perigoso.



- Eu vou com você, o celular é meu e você não tem nada a ver com isso…



Foram de mãos dadas até o bar e uma menina magra as chamou a atenção. Sentaram-se naqueles bancos altos, esperando por algum movimento. Desconfiavam da garota.



De repente, a menina colocou o celular em cima do balcão, olhou para as duas e saiu, passando calmamente por todas as pessoas que ali dançavam.



- Ei, venha aqui. Cecília, eu te reconheci!



E a garota que antes se mostrara calma, agora ficou extremamente nervosa e saiu correndo pela porta da festa.



- Segurem essa menina!



Eliza estava tão desesperada, correndo atrás de Cecília, que nem se deu conta que Lúcia tinha ficado no bar, esperando-a voltar.



- Cecília, vem aqui, vamos conversar, só conversar, eu prometo! – gritou Eliza.



A garotinha imediatamente parou de correr e entrou por uma rua escura e vazia. Achou uma praça velha e abandonada e sentou-se num banco. Eliza chegou, a olhou, ficou emocionada por ver aquele rosto tão lindo e jovem depois de tanto tempo e sentou-se ao seu lado, repousando, delicadamente, a mão sobre a sua perna.



- Quem diria…



- O que aconteceu com você? Por que sumiu de casa? Não quis mais saber do meu irmão, nem de mim?



- Achei que a situação estava complicada demais para nós e, mesmo que não quisesse, decidi sair da sua vida, mesmo pensando em você todos os dias…



- Eu também penso muito nisso. Depois daquela noite fiquei muito doente. Não comia, não dormia, não fazia nada direito. Meu irmão até tentou me levar ao médico, ao psicólogo, mas não queria. Eu só pensava em você, Eliza.



Abraçaram-se longamente. E do abraço logo nasceu um beijo apaixonado e quente.



- Fica comigo esta noite? – disse Cecília



- Não posso, estou com a minha amiga na festa, não posso deixá-la assim, sozinha.



- Ela é só sua amiga mesmo? Vi quando andaram de mãos dadas até o bar.



- Sim, é minha amiga. Amiga antiga, de infância.



- Sei… tudo bem, vai lá, eu vou para a minha casa.



- Não, espera aqui. Eu vou falar com ela. Explico a situação, conto de nós e digo que vou te acompanhar até a sua casa, tá bom assim?



- Como assim “conto de nós”?



- Conto que você é uma guria muito endiabrada e que precisa levar umas palmadas! – disse Eliza, abraçando a garota e beijando-lhe o pescoço.



Cecília só conseguia rir, estava atordoada por ter encontrado aquela que lhe proporcionou prazer e dor em uma só noite.


Cecília continuou sentada, esperando por sua amada, que caminhava indecisa até o bar, para contar tudo o que acontecera à sua amiga, Lúcia. Estava se sentindo feliz e um pouco estúpida pelas coisas que fizera. Por um instante pensou em sair de lá e não aparecer mais na vida de Eliza, esquecê-la, procurar por alguém da sua idade, mas logo desistiu pois se sentia muito apaixonada e acreditava em tudo o que Eliza lhe falava.




Chegando ao bar, Lúcia logo abordou a amiga:



- Aonde estava? O que aconteceu? Estava muito preocupada com você...



- Eu reconheci a garota que roubou o seu celular, estava ali fora conversando com ela.



- Como assim? A conhece de onde?



- Ah, uma longa história da minha vida, mas não se preocupe, você pegou o celular, né?



- Sim, ela deixou em cima do balcão antes de vocês saírem daquele jeito.



- Olha, eu preciso levar aquela pivete para casa, me desculpe te deixar aqui sozinha, mas ela está perdida, coitada.



- Como assim “coitada”? Ela é uma mini criminosa!



- Eu sei, por isso vou levá-la para casa... tenho dó porque tem problemas na família e eu prometo que vou ter uma boa conversa com ela.



- Essa história está muito estranha, mas tudo bem. Vai lá. Posso te ligar depois?



- Claro, obrigada e desculpa por tudo.



Por alguns segundos, Eliza vislumbrou aquele belo corpo que sempre lhe deixava excitada e quase desistiu de ir com a garota, para poder passar mais algumas horas ao lado dela, mas estava empolgada demais por ter reencontrado Cecília e os pensamentos luxuriosos com a menina “quase virgem” não davam descanso à sua cabeça.



Despediram-se com um longo e caloroso abraço.



*



Já na porta de entrada do apartamento de Cecília, Eliza hesitou:



- Seu irmão não está em casa? Acho que ele não ia gostar de me ver aqui.



- Não, ele foi pra praia com uns amigos idiotas. Não volta tão cedo, ainda bem.



- Por que você roubou só o celular da minha amiga e não pegou dinheiro nem nada?



- Eu queria tanto um celular igual àquele, quando vi ali, na mesa, nem pensei antes de pegar para mim.



- Mas isso não pode, Cecília... isso é crime! Alguém podia ter chamado a polícia e à uma hora dessas, já estaria presa... você não pensou nisso?



- Ah, linda, não vamos falar disso justo agora, não é? Vamos subir. – falou segurando a pelo braço e a levando para o apartamento.



Abriu a porta e Eliza se assustou com a cara maliciosa da garota. Não conseguiu resistir quando a viu tirando a blusa e o sutiã e deitando-se na cama. Foi para cima sem nem pensar, beijando-lhe os seios com força e arrancando as roupas que ainda restavam em seu corpo.



Eliza a tinha nas mãos como na primeira vez. A penetrou da mesma maneira e olhava fixamente para o rosto dela, os olhos, que estavam fechados de prazer. Sentia o gozo escorrer por entre seus dedos e desceu para chupar. Cecília gemia alto, sem medo de que algum vizinho pudesse ouvir. Eliza sugava aquela menina-mulher, que apertava a sua cabeça contra a vagina e gozava mais uma vez.



- A menina cresceu. – disse Eliza se aproximando e deitando-se ao lado dela na cama pequena.



- E você adorou.



Nada respondeu. Ficou apenas olhando a menina. Até que as duas pegaram no sono.



BY:fasdemeninas

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