domingo, 20 de junho de 2010

Preconceito Mata!

No último dia 29, a londrinense Camila Taari foi com sua companheira, dois casais heterossexuais de amigos e dois solteiros, entre eles um rapaz gay, na tradicional churrascaria de Londrina, “Vento Sul”, na Avenida Tiradentes, reduto gastronômico da cidade, para comemorar o aniversário de sua amada.

Ao final do jantar, na hora da conta, o grupo foi automaticamente incluído na promoção de casal, que concedia um desconto de pouco menos de 8 reais para casais. Três casais da mesa receberiam o desconto e o gerente apontou aos três casais heterossexuais, incluindo o amigo gay e a amiga solteira que sentaram distantes durante toda a noite. Ao informar que também formariam um casal - Camila e sua companheira estão juntas há 4 anos - o gerente daquela noite disse que apenas casais “normais” eram contempladas pela promoção, ou seja: homem e mulher.
Indignadas com o tratamento que receberam na churrascaria, as meninas registraram termo circunstanciado na Delegacia da Mulher e estão acionando seus direitos na Justiça. Londrina conta, desde 2002, com a lei 8.812 que prevê multa de R$ 5 mil a estabelecimentos que discriminem com base na orientação sexual e ainda prevê aumento da multa e até cassação do alvará para casos reincidentes. Procurado por um canal local de tevê, a administração da Churrascaria Vento Sul informou que o gerente naquele dia não estava na casa e que quem tratou de forma inapropriada as clientes não respeitou as políticas internas do estabelecimento que é aberto a todos, sem distinção.






As mulheres estão cada vez mais dispostas a denunciar a discriminação contra o movimento homossexual. No entanto, o temor diante de sanções sociais, familiares e legais as obriga a lutar mantendo o anonimato. A entidade Opus Gay publicou algumas denúncias de discriminação que chegaram ao Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh).



É como os casos de uma jovem mãe que ganhou na Justiça a guarda da criança de sua filha lésbica e de uma estudante que foi expulsa de casa após confessar seu lesbianismo. A Ativista do Movilh, Sofía Velásquez comenta que as vítimas ainda têm medo de se identificar por causa da desproteção legal e social. Apesar do medo, a entidade diz que as denúncias por parte de lésbicas têm aumentado significativamente este ano.



O organismo esclarece que todas as semanas recebe em seu correio eletrônico ao menos uma denúncia. "No entanto, consideramos para o cadastro de nossos informes somente aquelas feitas que confirmados em contato direto com as fontes e provas, pois nada garante que uma denúncia recebida por e-mail é suficientemente séria ou verdadeira. Nestes casos deve-se agir com absoluta responsabilidade para enfrentar os problemas em sua justa medida e não superdimensioná-los", indica Velásquez.
A ativista explica que várias lutas ainda devem acontecer em absoluta reserva devido ao temor "mas só o fato de que as denúncias de lésbicas estão crescendo é um grande avanço e demonstra uma redução dos medos".
Todos os casos de homofobia recebidos pelo Movilh, assim como também os vividos por gays, bissexuais e transexuais este ano, serão incluídos no IV Informe Anual dos Direitos Humanos das Minorias Sexuais Chilenas, que produz a entidade com respaldo da Anistia Internacional.
De acordo com o III Informe Anual, ao longo de 2004 se registraram 46 denúncias de discriminação por orientação sexual no Chile. Deste total, 59% afetou a totalidade das minorias sexuais, enquanto que 17% somente as lésbicas, 13% exclusivamente os transgêneros e 11% os gays. No ano passado, a maior quantidade de casos que afetou mulheres aconteceu em nos liceus e em escolas de primeiro grau, nas quais se originou a Brigada Escolar Gay e Lésbica do Movilh, composta por estudantes do ensino médio.
O Informe Anual de Direitos Humanos é entregue a autoridades de todos os poderes do Estado a várias instâncias internacionais, como a ONU, de maneira a manter a voz de alerta e melhorar as políticas públicas, em especial no terreno jurídico. "A valentia dos denunciantes é o que permite mudar e eliminar o abusos no Chile contra um amplo setor da população que é homossexual ou tem condutas homossexuais. O esforço é tanto deles como de nós mesmos", pontuou Velásquez.




Peço desculpas por escrever esta mensagem em primeira pessoa, fugindo às regras de envio de pauta do jornalismo, mas a escrevo com o coração doído de uma situação de extremo preconceito que aconteceu em Curitiba, a cidade onde moro desde que nasci, agora há pouco, nesta noite de terça feira, dia 08/06/2010, e peço que ajude a divulgar este caso, para que possamos identificar o tal sujeito que fez a violência, para que isto não continue.



Manifestantes pediram na noite de hoje, no centro de Curitiba, a destituição do presidente da Assembléia Legislativa do Paraná, Nelson Justus (DEM), por causa de denúncias envolvendo desvio de dinheiro dos cofres da Casa. A concentração foi promovida pelo movimento "O Paraná que Queremos" e organizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR).


Fui liberada de minhas aulas da Faculdade de Artes do Paraná, onde curso o segundo ano de bacharelado em interpretação, para participar deste importante movimento político que Curitiba, junto com outras 12 cidades, organizou pela ética e transparência.

Do nada, um dos alunos usando uniforme de agasalho da Faculdade de Direito da UniCuritiba, começa a gritar calorosamente, atacando um grupo de quatro homossexuais que empunhavam durante a manifestação a bandeira rainbow (arco-íria) do movimento LGBT. A bandeira rainbow era somente uma dentre outras tantas de movimentos e partidos que ali estavam lutando por este mundo melhor e mais justo.
Eu estava com minha amiga, perto deste grupo com a bandeira rainbow e comecei a perceber um
rapaz exaltado, que aos poucos foi se tornando violento, e sendo segurado pelos seus colegas de curso de Direito. Este grupo de estudantes de Direito estavam formando uma espécie de bateria organizada na manifestação da Boca Maldita. Comecei a perceber que um dos meninos que segurava o standard rainbow, começou a baixar a bandeira que segurava e começou a ficar com expressão de assustado e medo. Foi então que me aproximei e vi a gravidade do fato.
O tal estudante de Direito, fiquei sabendo depois por pessoas que estudam nesta faculdade, é uma espécie de líder do movimento ou centro acadêmico de lá e está nos últimos anos do curso da Faculdade de Direito de Curitiba, estava violentamente ameaçando agredir e tirar a força o grupo de homossexuais. Eu e minha amiga escutamos quando ele falou: “Tirem esta bandeira de viados daqui de trás de nossa manifestação e bateria. Não queremos nossa imagem vinculada a nada de vocês”.
E minutos antes de tudo isto acontecer, estes mesmos estudantes, que chegaram ali na parte da frente do palco, pouco antes da manifestação acabar, por volta das 20:30h, foram tomando conta deste espaço, empunhando seus instrumentos as pessoas à sua volta, dizendo que a bateria queria passar. Sem o mínimo respeito e usando de força e causando “empurra-empurra”.
Eu e minha amiga, vendo o pequeno grupo de quatro homossexuais que tinham faixa etária entre 14 e 20 anos, sendo praticamente achincalhado em praça pública, por este acadêmico de direito. Nos aproximamos, tomamos a frente e começamos a dar força e coragem aos homossexuais que estavam com medo até de serem violentamente agredidos, não deixando que eles saíssem dali daquela maneira e tentando mostrar ao tal estudante de Direito o absurdo de sua atitude de preconceito e homofobia.
O estudante de Direito gritava cada vez mais e tentava partir para a violência física, inclusive sobre eu e minha amiga que nos juntamos ao grupo discriminado. Só não conseguiu porque foi segurado por uma rodinha destes amigos de bateria da mesma faculdade, que o impediram. Mas nada fizeram em defesa da liberdade de manifestação de todos, contra o colega preconceituoso.
No final, o grupo de jovens homossexuais ficou com medo de ir embora, passei meu fone e agradeci pela consciência política deles e por não terem baixado a cabeça e terem vergonha do que eles acreditam. Escrevo com o coração em dor este e-mail, pedindo ajuda ao seu meio de comunicação que me ajude a identificar quem é este estudante, pois somente assim poderemos talvez ensinar um pouco de cidadania e direitos humanos, pois parece que esta matéria não está sendo levada a sério por alguns acadêmicos e futuros “doutores da lei” do nosso país.
Sei que este aluno, e espero não perder as esperanças nisto, é um caso raro e sui generis de preconceito extremo dentro da Faculdade de Direito da UniCuritiba, pois eu mesma, já fui aluna por dois anos da mesma faculdade, quando na mesma só havia o curso de Direito e nos ensinavam a igualdade e respeito ao próximo já no início de nossa vida acadêmica.
Triste episódio acontecido nesta noite do dia 08/06/2010. Peço que se você, que esteve perto do acontecido e sabe quem é este estudante, ou é amigo de bateria do mesmo e não concorda com este fato absurdo e calou-se na hora por “amizade”, que possa estar nos apontando o referido cidadão para que as devidas medidas sejam tomadas ou, no mínimo, um encaminhamento seja feito.
Sem dúvida, o Paraná que queremos, não inclui as atitudes como a deste infeliz estudante.
Obrigada pela ajuda possível e chega de intolerância!!!!

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